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sábado, 3 de março de 2012

Evolução, Ciência, Consciência e Educação


A evolução da educação é essencial à trajetória do desenvolvimento histórico humano, e a consciência sobre o seu potencial para promover as transformações necessárias de bem estar, com melhoria de suas condições de vida, desde os tempos mais remotos.
Todavia, a análise do seu percurso demonstra que ao considerar apenas a doutrina ocidental, fundada nas relações entre os elementos da educação, do trabalho e da ciência, herdados dos modelos de ensino grego-romano, perderam-se, pelos meandros das divagações, as expressivas contribuições dos povos orientais, cujas idéias, de igual modo, devem, também, nortear a educação, de igual modo às matrizes educacionais do período clássico ocidental, porque, só com a plena instrução das teorias do conhecimento, o homem pode se tornar um ser perfeito, configurado com as virtudes instruídas por determinados exemplos de vida, as quais podem ser percebidas e compreendidas, como imprescindíveis à igualdade, à liberdade, à segurança, à fraternidade, em fim, para uma vida coerente à dignidade da pessoa humana, conhecida através de relatos biográficos, sobre a exposição de uma realidade histórica, vivida incessantemente, na busca da felicidade, que se encontra nas respostas aos enigmas sobre as vontades e os desejos eternos e idealizadores, de um mundo mais realmente confortável, cujo alcance das melhores condições de sobrevivência, estão diretamente vinculados ao convívio social, político, econômico e religioso sadios.
Em todos os períodos históricos, a sociedade sempre evoluiu com enormes transformações culturais, fundadas na formação do cidadão, e sua necessidade de conviver em comunidade, onde o trabalho sempre foi o fato gerador das maiores conquistas e melhores condições de vida, até que a educação passou a formar a personalidade humana, baseada em especulações, que os grandes pensadores passaram a fazer das relações interpessoais, simplesmente, ao constatar que a realidade dos bons exemplos antepassados podia se tornar uma referência para a tradição, com a instrução do homem para um heroísmo, cheio de virtudes capazes de representarem e espelharem um comportamento modelo, capaz de constituir a personalidade, e, de modo que, de geração em geração, as famílias transferissem seus valores aos descendentes e à própria comunidade, que viviam, cujo pensamento e comportamento, perante os outros, influenciariam o ambiente educacional, adotando uma formação mais adequada às práticas sociais virtuosas do bem comum.
Com o rompante histórico da evolução intelectual produzida com a concepção do movimento iluminista, a perspectiva educacional elevou-se para uma potência extraordinária, fazendo uma revolução no campo do saber, pois, através de uma teoria sobre o conhecimento, promoveu-se um novo e sofisticado método educacional, que, fundado na razão e na experiência, engendrou as Ciências, cuja força se refletiu na transição do modelo geocêntrico, induzido pela força divina, para o modelo antropocêntrico, no qual o homem reconhece o seu próprio poder, e sua força de transformar o mundo, sem depender de fenômenos extraordinários, já que, sem estes, demarcou a realidade de sua existência, que na contemporaneidade enfrentará os desafios, porque, de um modo objetivo, se fará mister, impor os limites necessários a esta força, produzida por seu absoluto poder de transformação do mundo.
Do passado remoto, instruído pelas especulações filosóficas, inspiradas nas tradições de uma educação do homem para as virtudes, e, reprodução de práticas fraternas, interrompidas por um longo período sombrio, induzido pela inusitada perspectiva religiosa de salvação, emergiu-se o advento da ciência, multiplicando seus próprios paradigmas, para fazer uma especialização do ensino, com métodos categóricos, teórico-dedutivos e lógico-indutivos, que influenciaram tecnicamente as ações humanas, que, cientificamente orientadas por doutrinadores estudiosos, fizeram surgir infinitos ramos no campo do saber, com explicações racionais e empíricas do mundo, e, cujos fundamentos podem ser adotados e transmitidos por processos de ensino e aprendizagem objetivos e metódicos, próprios da pesquisa, os quais só causam divergências, contradições e confusões, quando ignorados por força de divagações destituídas da mínima plausividade, sobretudo, nas Ciências Humanas, quando, todas, podem ser perfeitamente compreendidas, através dos mesmos métodos usados nas ciências exatas e biomédicas.
Por consequência da evolução, a educação se tornou uma necessidade, e uma obrigação a ser desenvolvida pelos povos, com o fim precípuo de buscar sempre a diminuição das diferenças entre os cidadãos, que, por sua vez, se vêem obrigados a se instruir, incorporando o trato educacional projetado por instituições de ensino, pressupostamente destinadas às necessidades sociais, políticas e econômicas, a fim de garantir a sobrevivência digna, que não se deixa contaminar com o sentido exclusivo da exploração mercadológica, porque, o conhecimento é necessário e propício à evolução do homem, como animal racional, para ser especial, e, não ficar fadado a viver impregnado de dogmas cerceadores de sua natural liberdade de pensar, refletir, julgar e agir, sempre com respeito aos seus semelhantes, e com toda natureza existente no mundo em que vive.
Todavia, contemporaneamente, a educação para a sociabilidade humana vem se tornando uma atividade extremamente burocrática, cuja complexidade desafia o surgimento de novos pensadores, capazes de defender a verdadeira e necessária instrução, no âmbito da educação, de forma a torná-la suficientemente ávida a solucionar os problemas oriundos das relações sociais, ante à violência, à miséria, à falta de moral, ao subdesenvolvimento, à intolerância, ao abuso de poder e de direito, em fim, aos infortúnios da vida, que a falta de respeito e consideração de alguns homens, ofendem a dignidade da pessoa humana, cuja educação deve ser realmente liberal, e, tendente a conservar as virtudes, para evitar os motivos que fazem a educação ser problemática, quando contraria os seus fins de conduzir a humanidade à máxima evolução do seu potencial de produzir o bem, o belo, o bom, a verdade, a misericórdia, a justiça, em fim, condições que reduzem seus contrários à escassez absoluta, eis que, quanto mais se praticam as virtudes, menos aparecem os vícios.
Mas, com a falta das virtudes, desaparelham-se as consciências, em face de que, diante carência de conhecimentos, perdem-se os mais hauridos valores da personalidade humana, para se produzir a pobreza instrucional, com habilidades pedagógicas e didáticas ofensivas aos recursos hábeis e potentes para impedirem as ocorrências de quaisquer prejuízos no mundo.
Destarte, é uma tarefa heróica, recuperar a instrução das virtudes, traduzida pelos grandes pensadores, as quais priorizaram a formação do ser humano, como um ser poderoso para a criação e a realização de maravilhosas conquistas, com a máxima evolução da inteligência, e, de modo, que evite a contínua regressão, degeneração e retrocesso do pensamento humano, premente no mundo hodierno.
Só o poder de promoção constante do bem comum, e, da total transparência, podem impedir a falácia e a ilusão, fundadas no culto à aparência, que os dogmas produzem no cotidiano educacional, reduzindo, ao nada, o sentido real das coisas, por deixar de constatar os problemas concretos a serem enfrentados, mas, que o paradigma da simplicidade faz da razão, sobreposta à emoção, um simples processo de percepção da realidade, que jamais, e em tempo algum, pode ser maquiada, fantasiada ou desprezada pela consciência, a ponto de considerar a existência de algo inexistente, em detrimento da essência, e da existência de algo existente e em toda plenitude, que não dá mais espaço, nem tempo, nem modo para se continuar a metodologia niilista do obscurantismo sequioso, que desviado do caminho desenhado, largo e iluminado para a ciência e consciência, nega todo o construtivismo das idéias excelentes, dentre as quais, a conclusão de que o direito a educação é um direito público subjetivo fundamental da humanidade, e, por isso, tem um valor jurídico a ser minimamente respeitado, como o caminho mais adequado à consciência de implantação definitiva da cidadania, numa matriz realmente liberal, progressista, fraterna, justa, solidária e estimulada na prática do aprendizado, como um direito privado absoluto, suficiente a ser atendido, face os mais comezinhos princípios de formação da personalidade, que está disposta, e pode ser conhecida, com as experiências passadas, e, com a incessante reflexão sobre a prática fundada na moral social, e uma pedagogia exercida com a ética da convicção, de que o ângulo estritamente cognitivo, sensitivo e intuitivo é capaz de educar a humanidade ao exercício da ética da responsabilidade, para com todas as virtudes, que conduzem o mundo à felicidade de um paraíso de delícias.

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